terça-feira, 25 de maio de 2010

Escravidão.

[A propósito do trabalho proposto no âmbito do tema "Texto Argumentativo".]

Actualmente, mais de 12 milhões de pessoas são vítimas de trabalho escravo, em todo o mundo.
Cerca de 50% dos explorados são crianças.
O sexo feminino representa 56% das vítimas de exploração económica e 98% das vítimas de exploração sexual.
(Estes números fazem parte do relatório "Uma Aliança Global contra o Trabalho Escravo", elaborado pela Organização Internacional do Trabalho )


Os números são, geralmente, úteis, pois permitem analisar friamente quase todas as situações. Situações económicas, financeiras e até sociais podem ser traduzidas em números. Mas os números não contam histórias... Contam evoluções.

Olhamos positivamente para uma estatística que nos diz que o trabalho escravo diminuiu 5% num ano... Afinal 5% de 12 milhões é 600 000! Mas então e as outras 11 milhões e 400000 pessoas que continuam a ser vítimas de escravidão?

Os números permitem-nos manter uma distância de segurança... Não nos sentimos envolvidos quando falamos de 11 milhões e 400 000 unidades.

Mas pensemos nos nossos pais, irmãos, avós, tios, primos, amigos... Na dor de cada um deles. Agora, multipliquemos a sua dor por 11 milhões e 400 000 unidades. Transformemos os números em pessoas... Envolvamo-nos! Não é tão fácil manter a distância quando falamos de pessoas.

A verdade é que é preciso coragem para fazer esta tradução, pois corremos o risco de nos envolvermos e isso significa que nos preocupamos e a preocupação dá trabalho.
Por isso, sugiro que dêmos este passo! Envolvamo-nos, preocupemo-nos. pois só os que se preocupam têm o poder de fazer a diferença e deixar o mundo melhor do que o encontrararam...

E de que vale cá estarmos se não fizermos a diferença?

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