segunda-feira, 31 de maio de 2010

Um Blog para o quê ...? - Take 2


Agora que estamos no final do semestre e em altura de reflexões, reli alguns dos meus posts antigos, para tentar perceber o que mudou.
E várias coisas mudaram...

As palavras definidoras dos meus objectivos iniciais são, essencialmente registo, depósito, organização. O meu blog começou, assim, por ser uma recolha sistemática de todos os trabalhos propostos, na disciplina.

Neste momento, substituiria essas palavras por complemento, reflexão, aprendizagem.

O blog foi, para mim, um local de reflexão... Do que fiz, do que poderia ter feito e daquilo que farei para compensar o que não foi feito.
O blog foi, para mim, um complemento de todos os trabalhos propostos... Onde pude fazer mais do que o pedido, de acordo com a importância de cada tema na minha vida académica e até pessoal.

O blog foi, para mim, um local de aprendizagem... Por todas as razões acima. Porque a aprendizagem exije evolução e mudança de atitude e a mudança gritante de objectivos e de perspectiva é um sinal de aprendizagem, de evolução.

Por isso, obrigada ao Blog. Por ter sido um local de aprendizagem.

Coerência e Coesão.


Faltei à lecture sobre coerência e coesão. Como tal não sei qual foi a abordagem dada pelo professor ao tema e, como tal, o trabalho que desenvolvi em casa é puramente de investiação gramatical.
Assim, segundo a Gramática de Português da Porto Editora e apontamentos da aula:
Coesão textual diz respeito aos processos linguísticos que permitem a sequencialização linear dos elementos da superfície textual. Tem que ver com a forma como o texto está construído e com o papel dos conectores, advérbios e pronomes num texto.
Coerência é a propriedade do texto enquanto unidade global. Diz respeito à intenção global do locutor, ligada a um determinado género discursivo e, simultaneamente, a uma interpretação feita pelo interlocutor que faz um determinado juizo de adequação sobre o texto/discurso.
As Regras de Coerência são:

1) Regra da Recorrência - memorização aumenta pela repetição;
2) Regra da Progressão - necessidade de uma renovação constante, mas equilibrada da informação semântica;
3) Regra da Não-Contradição - no desenvolvimento não pode surgir nenhum elemento semântico que contradiga o que antes se afirmou;
4) Regra da Relação -
para que uma sequência ou um texto sejam coerentes é necessário que os factos, no mundo representado, sejam congruentes, no mundo reconhecido por aquele que avalia o texto.

Criação Publicitária.


A proposta de trabalho de avaliação contínua feita na lecture sore "Narrativa Escrita e Narrativa Fílmica" foi elaborar o guião para um anúncio publicitário para uma de duas marcas: a Polaroid ou a Rip Curl. Escolhi a Rip Curl.

Existem dois métodos de criação publicitária: o check-list e o método de exploração analógica.

O primeiro faz uma abordagem mais descritiva do produto, sendo que o principal objectivo é dá-lo a conhecer. Desta forma, o produto é apresentado através de uma contextualização histórica ou através da enunciação ou explicação dos seus métodos de produção. Ainda, podem ser focados a apresentação/design do produto, o seu modo de acção e o efeito provocado pelo seu uso.

As check-lists são, assim, um método mais estruturado que exije menos criatividade.
Por sua vez, a exploração analógica baseia-se mais na criatividade do criador da publicidade.
O objectivo é reduzir a mensagem ao que ela tem de essencial, procurando encontrar uma analogia que foque o carácter essencial da mensagem. Ou seja, o sucesso deste método baseia-se na concepção de uma boa metáfora, capaz de traduzir o conceito que se quer vender.

Neste contexto, escolhi o método de exploração analógica para elaborar o meu anúncio. Parece-me mais apelativo, na minha opinião, vender o conceito ou a atitude do produto do que o produto em si, uma vez que o segundo processo é mais técnico e, logo, mais maçador.

Desta forma, optei por comparar o surfista com o fato da Rip Curl a um Super-Herói, capaz de suportar o frio. A minha abordagem centrou-se, essencialmente no factor “frio”, na medida em que o que o produto traz de novo é exactamente a capacidade de conferir ao seu utilizador, tolerância a temperaturas baixas.

Abaixo, o guião do anúncio:
[ Dois surfistas estão na praia, num dia tempestuoso, aparentemente frio, frente a um mar agitado.
Estão ambos trémulos, devido ao frio.
No entanto, o turista do lado esquerdo (X) tem um ar forte e olha com alguma arrogância para o surfista do lado direito (Y) que é, por sua vez, mais franzino.
Em tom de desafio, o primeiro corre para o mar. Ao aperceber-se que esta está gelada, sai disparado.
Foca-se a cara de X. Enregelado, não consegue disfarçar o orgulho ferido.
Y continua sereno sem se manifestar.
O zoom da mão esquerda de X, mostra-o a ligar um interruptor do lado esquerdo do fato, que mudar a sua cor.
X corre em direcção ao mar, sob o olhar incrédulo de Y que está, agora envolto numa tolha, ainda por causa do frio.
Y apanha uma grande onda. Da expressão facial de X, depreende-se irritação e surpresa.
Y sai da água, com uma postura vitoriosa, qual super-herói.
Faz-se zoom, com o objectivo de focar Y a partir do tronco. A imagem pouco nítida, da qual conseguimos perceber apenas a silhueta e a cor do fato, permite ler a frase:
'Even Pros get Chilly. Stop acting like a Hero. With Rip Curl's Heating Suit, you can be one!]

domingo, 30 de maio de 2010

Narrativa Escrita e Narrativa Fílmica.




'Num filme o que importa não é a realidade, mas o que dela possa extrair a imaginação.'

Na lecture sobre "Narrativa Escrita e Narrativa Fílmica", o desenvolvimento do tema deu-se essencialmente em torno de um excerto do filme "O Silêncio dos Inocentes"
Depois de o analisarmos minuciosamente, apercebemo-nos de que, mesmo quando entendemos um filme, da primeira vez que o assistimos, aquilo que permanece é essencialmente o quadro geral.

O que quero dizer é que há determinados elementos da narrativa cuja compreensão está subentendida e, como tal, nós não somos capazes de os reproduzir detalhadamente se nos perguntarem sobre eles, mais tarde.

Elementos como a cor, a música, o ritmo, o local de filmagem, a posição das personagens no espaço e a sua linguagem corporal são fundamentais na compreensão da narrativa, ainda que através de um processo inconsciente.

Penso que um bom exemplo desta ideia são os filmes de Charlie Chaplin. Sendo filmes mudos, a sua compreensão requer uma atenção maior, pois depende de expressões faciais, da localização dos objectos e das personagens, da música e da linguagem corporal do protagonista.
Assim, a linguagem verbal nem sempre é o elemento mais importante no entendimento de uma narrativa e Charlie Chaplin é um bom exemplo disso mesmo.

Plano Semestral de Trabalho IIÍ - Reflexão_ Mês Abril

Este mês, adoptei uma estratégia diferente no que diz respeito às reflexões.
Depois da elaboração de várias, cheguei à conclusão de que perdia mais do que ganhava com a sua elaboração. O custo de oportunidade de uma reflexão é demasiado elevado, tendo em conta os ganhos que esta me trás.
Mantenho a opinião de que as reflexões são importantes, na medida em que me permitem fazer um balanço e, daí, retirar aprendizagens para acções futuras semelhantes, ou seja, reflectindo acerca da distribuição do meu tempo isso permite-me retirar conclusões acerca de uma melhor distribuição.
Não obstante, parece-me exagerado fazer uma reflexão semanal, uma vez que o tempo dispendido a fazê-la é demasiado elevado tendo em conta aquilo que efectivamente aprendo neste período de tempo. Neste contexto, optei por fazer apenas uma reflexão mensal que seja

PREVISÃO:
Aulas: 52h30min
Actividades Extra Curriculares: 16h
Estudo: 80h30min
Avaliações: 1h15min
 
REALIDADE:
Aulas: 52h30min
Actividades Extra Curriculares: 16h
Estudo: 80h30min
Avaliações: 1h15min


O planeamento deste mês estava relativamente bem feito, na medida em que não tinha nenhuma activida curricular (ou extra-curricular) extraordinária e, como tal, tive muito tempo livre para dedicar ao estudo e ao adiantamento de trabalhos.
No entanto, e talvez por isso mesmo, pelo facto de não me sentir pressionada, encarei as tarefas que tinha que levar a cabo de uma forma leviana e muito pouco organizada. Como tal, tenho, já, tarefas em atraso para o próximo mês. Ainda, o facto de não ter, previamente introduzido os testes no horário correcto (nomeadamente o de matemática) gerou alguma desorganização na semana de testes, pelo facto de ter havido sobreposição.
Por ter faltado há aula teórica de Projecto, na Semana 5, fui incapaz de fazer o trabalho proposto no Workshop da respectiva aula.
Continuo atrasada na matéria de Macroeconomia e ainda não finalizei o trabalho de Ética, proposto no início do ano, a ser entregue na 4ª semana de Maio.

Plano Semestral de Trabalho IIÍ - Reflexão_ Semana 4, Março.

PREVISÃO/REALIDADE:
Aulas: 15h30min
Actividades Extra-Curriculares: 4h
Estudo: 15h30min
Avaliações: 1h15min

Esta foi uma semana em que as o planeado foi significativamente o realizado efectivamente.
Isto deveu-se ao facto de ter trabalhado sobre pressão, uma vez que na semana anterior deixei grande parte da matéria em atraso, devido à organização do Fim-de-Semana Carvalho Guerra.
Por esta altura, tenho já algumas conclusões a tirar. Estou relativamente atrasada no estudo da disciplina Macroeconomia, o que significa que nas próximas semanas terei que dedicar mais horas a esta disciplina, pensando já nos próximos testes e exame.

Plano Semestral de Trabalho IIÍ - Reflexão_ Semana 3, Março.

PREVISÃO:
Aulas: 23h
Actividades Extra-Curriculares: 51
Estudo: 8,5

REALIDADE:
Aulas: 23h
Actividades Extra-Curriculares: 55,5h
Estudo: 3h
A organização prévia desta semana não foi a mais correcta. Houve uma discrepância relativamente grande entre a previsão feita e a realidade.
Esta foi a semana do Fim-de-Semana Carvalho Guerra e o tempo que tive que dedicar à preparação da participação desta actividade foi superior ao que previ, inicialmente. Isto aconteceu pelo facto de as reuniões marcadas antecipadamente não terem sido suficientes para finalizar toda a actividade.
Assim, tive que sacrificar algumas horas de estudo em detrimento desta actividade extra-curricular. Não houve forma de contrariar a situação, pois esta já era uma semana relativamente ocupada.
Ainda, diminuí uma hora de estudo adicional, na medida em que a semana foi mais desgastante do que o esperado e, como tal, o meu poder de concentração diminuiu
 

Plano Semestral de Trabalho IIÍ - Reflexão_ Semana 2, Março.

PREVISÃO:

Aulas: 4h30min
Actividades Extra-Curriculares: 7h
Estudo: 28horas
Avaliações: 2h30min

REALIDADE:
Aulas: 4h30min
Actividades Extra-Curriculares: 7h
Estudo: 28h
Avaliações: 2h30min


Uma vez mais, o horário foi relativamente respeitado.
Esta semana apresenta uma diferença pelo facto de incluir avaliações que constituem uma parte do tempo, geralmente ocupado pelas aulas
É importante apenas referenciar que as horas de estudo desde as 10h14 às 23h englobam intervalos para refeições e para desanuviar, a cada 2horas aproximadamente. Não incluí os intervalos para simplificação e porque estes estão em grande parte dependentes do desenvolvimento do estudo e da minha capacidade de concentração em cada hora.

Plano Semestral de Trabalho IIÍ - Reflexão_ Semana 1, Março.

PREVISÃO:
Aulas: 19h30min
Actividades Extra-Curriculares: 13h
Estudo: 16horas

REALIDADE:
Aulas: 19h30min
Actividades Extra-Curriculares: 13h
Estudo: 16h

O horário desta semana foi relativamente respeitado, o que me diz que as alterações que têm sido feitas de semana para semana têm estão no sentido correcto, isto é, com o tempo, tenho conseguido adaptar melhor o plano à minha situação.

O facto de as distribuições de tempo serem semelhantes não diz, no entanto, que o plano foi respeitado escrupolosamente, mas sim que houve uma aproximação mais do que satisfatória entre a previsão e a realidade, o que me leva a concluir que o plano semestral se revelou uma ferramenta de grande utilidade.

Plano Semestral de Trabalho IIÍ - Reflexão_ Semana 3, Fevereiro.

PREVISÃO:
Aulas: 19h30min
Actividades Extra Curriculares: 22h
Estudo: 9horas
 
REALIDADE:
Aulas: 19h30min
Actividades Extra-Curriculares: 14h
Estudo: 10h


Esta semana houve algumas diferenças significativas entre as previsões e a realidade semanais.

Primeiro, na Segunda-feira, o período que reservei ao jogo de volley foi inferior ao necessário na realidade. Assim, cheguei a casa por volta das 18h30 apenas e, como tal, só comecei a estudar mais tarde.

Em relação a Terça-feira, por motivos de transporte, não consegui assistir à apresentação da CASO na Católica. Também Quinta, não consegui fazê-lo. As duas horas que até agora retirei às actividades extra-curriculares, nas apresentações da CASO, distribuí-as pelo volley que exigiu mais tempo do que o estimado. Também a formação das sondagens demorou um pouco mais do que o esperado. A grande diminuição no tempo dedicado às actividades extra-curriculares deve-se, assim ao adiamento das sondagens, por motivos meteorológicos. Este período de tempo que estava inicialmente reservado para as sondagens, dediquei-o a lazer.

Em jeito de conclusão, uma vez mais as actividades extra-curriculares tiveram um peso relativo superior ao estimado e o mesmo aconteceu com as horas de estudo. Considerando o balanço entre as previsões e a realidade, os principais aspectos a mudar na planificação da próxima semana são: a consideração do cansaço nas horas de estudo, isto é, depois de um dia muito preenchido, a minha capacidade de concentração é menor o que impossibilita que consiga estudar durante um período de tempo muito grande continuamente. Ainda, pela segunda semana consecutiva, calculei inferiormente o número de horas a dedicar às actividades extra-curriculares.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Projecto Multidisciplinar I.

Não perguntem o que o vosso país pode fazer por vocês, mas o que vocês podem fazer pelo vossa país, Robert Kennedy


Trabalho... Tempo... Energia... Dispêndio de trabalho, de tempo e de energia... Esta era a minha opinião inicial da disciplina...
Dizer que superou as minhas expectativas não é motivo de grande orgulho, pois a verdade é que não tinha nenhumas. E a verdade é que não as tinha por não perceber o conceito da disciplina.
Sim, é preciso trabalho... E tempo... E energia... Mas Projecto não é um dispêndio dos três.
Ou melhor, pode não ser. E isso só depende da perspectiva que adoptamos para olhar a disciplina.
Para futuros alunos, deixo aqui a dica...
A melhor forma de resolver o problema "Projecto" é olhar a disciplina como sua.

Sejam auto-didactas e não procurem alcançar objectivos generalistas!

Reformulem objectivos e  expectativas. Encontrem os vossos...
Não esperem que um plano, que é definido linearmente para 200 pessoas seja o melhor plano para vocês. Adaptem-se, retirem dele o que vos convier e complementem-no  com aquilo que considerarem importante para vocês!
Tornem vossa a disciplina!
As aprendizagens também não são de mais ninguém...

Escravidão.

[A propósito do trabalho proposto no âmbito do tema "Texto Argumentativo".]

Actualmente, mais de 12 milhões de pessoas são vítimas de trabalho escravo, em todo o mundo.
Cerca de 50% dos explorados são crianças.
O sexo feminino representa 56% das vítimas de exploração económica e 98% das vítimas de exploração sexual.
(Estes números fazem parte do relatório "Uma Aliança Global contra o Trabalho Escravo", elaborado pela Organização Internacional do Trabalho )


Os números são, geralmente, úteis, pois permitem analisar friamente quase todas as situações. Situações económicas, financeiras e até sociais podem ser traduzidas em números. Mas os números não contam histórias... Contam evoluções.

Olhamos positivamente para uma estatística que nos diz que o trabalho escravo diminuiu 5% num ano... Afinal 5% de 12 milhões é 600 000! Mas então e as outras 11 milhões e 400000 pessoas que continuam a ser vítimas de escravidão?

Os números permitem-nos manter uma distância de segurança... Não nos sentimos envolvidos quando falamos de 11 milhões e 400 000 unidades.

Mas pensemos nos nossos pais, irmãos, avós, tios, primos, amigos... Na dor de cada um deles. Agora, multipliquemos a sua dor por 11 milhões e 400 000 unidades. Transformemos os números em pessoas... Envolvamo-nos! Não é tão fácil manter a distância quando falamos de pessoas.

A verdade é que é preciso coragem para fazer esta tradução, pois corremos o risco de nos envolvermos e isso significa que nos preocupamos e a preocupação dá trabalho.
Por isso, sugiro que dêmos este passo! Envolvamo-nos, preocupemo-nos. pois só os que se preocupam têm o poder de fazer a diferença e deixar o mundo melhor do que o encontrararam...

E de que vale cá estarmos se não fizermos a diferença?